terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Desabafo...

Sinto como se as cores do arco-íris tivessem sido substituídas por um cinza sóbrio e sério. Penso em como seria se você estivesse aqui. Olho para o céu e vejo uma estrela mais brilhante, que não havia lá até você partir.

Muito egoísmo da minha parte, mas não posso aceitar que você se foi. Mas sei que amei você. De longe, guiei seus passos hesitantes em terras desconhecidas. Você achou que era dever. Eu sei que era amor. Você enfrentou seus maiores medos e saiu vivo. Você achou que era coragem. Eu sei que era amor. Você chorou por estar sozinho. Você achou que era solidão. Eu sei que era amor. Mas você descansou. Você não queria, não podia partir sem dizer adeus, mas não houve tempo para despedidas. Partiu e deixou-me aqui para lembrar de você, das histórias que me faziam rir. Deixou-me aqui para lembrar de seu sorriso maravilhoso, sua risada espontânea que convidava quem a estivesse junto a rir também, como se a vida fosse tão bela e deliciosa quanto aquela risada. Seu olhar infantil, apesar da idade adulta, denunciava uma pureza que parecia não querer ser destruída pelos sentimentos que o mundo crescido impunha.

Sinto sua falta, meu amigo. Sinto falta da sua presença. Meu carinho por ti nunca cessou, apesar das tentativas frustadas de sufocá-lo para não chorar mais. Maldito sentimento que se recusa a aceitar sua partida. Maldito coração estúpido que se nega a enxergar a dura realidade e se esconde em um mundo de fantasia onde ninguém pode machucá-lo. Mas uma melodia pode fazer cair por terra essa vã tentativa de fuga e trazer à tona toda a mágoa, egoísmo, saudade, perda e amor que sinto por você. Não é justo. Nunca é. Mas é algo que tenho que aceitar.

Serei uma boa menina aqui para que, quando daqui partir, possa ser digna do reencontro contigo. E por esse dia, eu aguardo quase ansiosamente.

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